Oração de Perdão – Hoo’ponopono

“Divino Criador, Pai, Mãe, Filho como um só …
 
Se eu, a minha família, os meus parentes e os meus ancestrais ofendemos a ti, tua família, teus parentes e teus ancestrais em pensamentos, palavras, realizações e ações desde o início da criação até o presente, pedimos o teu perdão …

Permita que isto limpe, purifique, libere, interrompa todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas, e transmute essas energias indesejáveis em uma luz plena …

 
E está feito …”

Oração retirada do livro “Limite Zero” de Joe Vitale

Hoo’ponopono

Terapeuta é responsável pela doença do paciente?
                                        

Sim! Não apenas responsável – 100% responsável! Inusitado, não?
Essa afirmação faz parte do Ho’oponopono da Identidade Própria, a nova versão da sabedoria havaiana de cura praticada pelos antigos kahunas. Trata-se de um saber que evoluiu a partir da técnica de resolução de conflitos, tradicional nas ilhas. Claro, um processo que passou por profunda mudança.
Quem desde 1992 ensina isso é o Dr. Ihaleakala Hew Len. Doutor pela Universidade de Iowa, estudou o processo junto à mestra kahuna Morrnah Nalamaku Simeona, em sua época nomeada ‘Tesouro Vivo do Havaí’. O Dr. Len aprendeu com ela. Depois, trabalhou como psicólogo na unidade forense para doentes mentais criminais do Hawaii State Hospital por muitos anos. Ficou famoso por curar os pacientes ‘trabalhando’ (= limpando) apenas suas fichas no escritório. Resultado: a todos os pacientes foram dados alta, a ala do hospital fechada.Hoje, após expor o novo Ho’oponopono em seminários nas Nações Unidas, EUA, Europa e Japão, o Dr Len está à frente da Foundation of I, Inc. Freedom of the Cosmos. Junto com um grupo de colaboradores, desenvolve um amplo trabalho de esclarecimento. Um deles é Charles Brown, massagista em Albuquerque, NM, e praticante do Ho’oponopono atualizado desde 1984.

Neste artigo na internet sobre o Ho’oponopono da Identidade Própria, titulado ’Auto-Identidade através do Ho’oponopono’, ambos detalham suas propostas, incomuns e estranhas, sobre a responsabilidade do terapeuta na doença de seus pacientes.

“Na abordagem tradicional da cura e resolução de problemas, o terapeuta começa acreditando que a causa do problema está no paciente – não nele mesmo. Está convicto que sua responsabilidade é ajudar o paciente a resolver o problema. Podem essas crenças – questionam os autores – ter ocasionado o estresse sistemático dos profissionais de cura?

Se realmente quiser resolver problemas – afirmam – o terapeuta precisa ser 100% responsável por ter criado o problema de saúde; quer dizer, deve perceber que a causa do problema está em seus próprios pensamentos errôneos, não nos do paciente. Os terapeutas, rematam, parecem não haver notado que cada vez que acontece um problema, eles estão sempre presentes!

Ser 100 % responsável por materializar o problema permite ao terapeuta ser 100 % responsável por resolvê-lo. Usando a abordagem do Ho’oponopono, um processo de arrependimento, perdão e transmutação desenvolvido pela kahuna Lapa’au Morrnah Nalamaku Simeona, um terapeuta se torna capaz de recolher os pensamentos errôneos dele mesmo e de seu paciente e transmutá-los em pensamentos perfeitos de Amor”.

O Dr. Len cita um caso de limpeza numa paciente: “Seus olhos transbordavam de lágrimas. Profundos sulcos no canto de sua boca: ‘Estou angustiada por meu filho’. Cynthia falou baixo: ‘Voltou às drogas de novo’. Quando ela contou sua dolorosa história, comecei a limpeza dos meus pensamentos errôneos que se manifestaram em seu problema.

Quando pensamentos errôneos são substituídos por pensamentos amorosos do terapeuta, sua família, parentes e ancestrais são substituídos também no paciente, sua família, parentes e ancestrais. O Ho’oponopono atualizado permite ao terapeuta trabalhar diretamente com a Fonte Original capaz de transmutar pensamentos errôneos em Amor.

Conclui o relato do caso: “Seus olhos secaram. As rugas ao redor da boca suavizaram-se. Sorriu, aliviada. ‘Não sei por que, mas estou me sentindo melhor’. “Eu também não sei. Na verdade, a Vida é um mistério com exceção do Amor, que sabe tudo. Apenas deixo ir embora e agradeço ao Amor do qual todas as benções fluem”.

E depois explica: “Na resolução de problemas usando o Ho’oponopono atualizado, o terapeuta primeiro assume sua Identidade, sua Mente e a conecta com a Fonte Original, que outros chamam de Amor ou Deus. Com essa ligação feita, o terapeuta pede ao Amor corrigir os pensamentos errôneos que se manifestaram como o problema, primeiro nele e depois no paciente. O recurso é um processo de arrependimento e perdão por parte do terapeuta – ‘Sinto por ser responsável pelos meus pensamentos errôneos que causaram meu problema e o de meu paciente – por favor, me perdoe’.

Em resposta ao apelo de arrependimento e perdão do terapeuta, o Amor começa o processo místico de transmutar os pensamentos errôneos. Nesse processo espiritual de correção, o Amor primeiro neutraliza as emoções errôneas que causaram o problema, sejam elas ressentimento, medo, raiva, culpa ou confusão.

No próximo passo, o Amor libera as energias neutralizadas dos pensamentos, deixando-as num estado de vazio e verdadeira liberdade.

No Brasil, Al McAllister, atendimento@hooponopono.com.br, de Niterói, se tornou um praticante avançado: dirige um site, coordena sessões virtuais na internet e redigiu um e-book. Nele, escreve sobre os 100% de responsabilidade:

“Precisamos entender que a mente é perfeita. O que não é perfeito são as memórias que nossa mente carrega. É isso que estamos trabalhando com o Ho’oponopono: cancelar memórias em comum. Quando o Dr. Len diz às pessoas que ele só procura a memória em comum que eles compartilham, ele pode não estar ciente dela. Só precisa uma pessoa estar preparada para ser 100% responsável para apagar a memória compartilhada por todos”.

Dr Len: “Ho’oponopono é corrigir um erro, que se corrige ao dizer ‘te amo, sinto muito, me perdoe, sou grato’ ao Divino, para permitir que o Divino vague e cancele os dados (as memórias na mente subconsciente) que experimentamos como problemas.

Deste modo, estou pedindo à Divindade para cancelar programas (memórias) em mim para que eles sejam cancelados nas outras pessoas também. Só preciso olhar o que está acontecendo em mim, o que tenho em comum com os outros. Estou disposto a ser 100% responsável porque só dependo de mim para trazer a paz a minha própria vida – porque isso é minha responsabilidade.

Se alguém aparece com raiva na minha experiência, eu assumo o 100% de responsabilidade me perguntando: ‘O que há em mim, que eu preciso liberar, que está fazendo aparecer esta experiência?’ Eu olho para qual problema (memórias) está causando a situação, que posso oferecer para a Divindade cancelar.

Eu quero sempre estar limpando, porque eu quero prevenir que quaisquer problemas venha à tona, se é correto que eles sejam prevenidos. Porém, às vezes os problemas aparecem. Por quê? Isso é algo que só a Divindade sabe, mas o processo Ho’oponopono é sobre prevenção”.

No seu e-book, Al McAllister mostra um caminho: “Como podemos incorporar o Ho’oponopono em nossas vidas? Um provérbio chinês diz que a jornada de mil quilômetros começa com um passo. Dr Len sempre bebe a Água Solar Azul. Ao bebê-la, está pedindo à Divindade para cancelar as memórias que ele compartilha com outras pessoas. Ao fazer seu pedido à Divindade, ele não sabe quais memórias estão sendo canceladas”.

por Jens Federico Weskott – jweskott@uol.com.br